quarta-feira, 9 de março de 2011
DESTRICTED (2006)
DIREÇÃO: MARCO BRAMBILLA / LARRY CLARK / GASPAR NOÉ / MATTHEW BARNEY / MARINA ABRAMOVIC / RICHARD PRINCE / SAM WOOD
GÊNERO: PORNOGRÁFICO/SURREAL
ÁUDIO: FRANCÊS/INGLÊS
LEGENDA: S/L
TAMANHO: 173MB
FORMATO: AVI
Sete realizadores apresentam a sua visão do sexo e da pornografia, num filme cuja premissa é conter sexo explícito. A Première francesa alertava para o óbvio: este filme em episódios, sete, não é um filme, nem um conjunto de pequenos filmes, é um longa instalação-vídeo, que denuncia a origem das artes plásticas de alguns dos realizadores.
Aliás, um dos melhores segmentos é uma frenética montagem de 1min de imagens de filmes pornográficos, Sync, por Marco Brambilla, em que os corpos se diluem no longo solo de bateria que é a trilha sonora.
Depois, há mais dois objectos interessantes nas premissas, que acabam por descambar, dos realizadores mais conhecidos associados ao projecto: Larry Clark (o de Ken Park), onde já tinha explorado os limites do explícito; e Gaspar Noé, que incomodou meio mundo com a violação em tempo real de Irreversível. Aqui filma a masturbação de dois jovens, rapaz e moça, em quartos diferentes, mas a verem o mesmo filme pornográfico, ela com um urso de pelúcia, aparentemente feliz, sã, ele com uma boneca inflável, angustiado, doentio. A reflexão sobre o sexo solitário - We Fuck Alone é o título irónico do episódio, só revelado no final do segmento - acaba por mostrar numa trilha sonora aflitiva (o que ajuda a acentuar a angústia das cenas do rapaz, mas que não alivia nas dela) e numa filmagem intermitente que cansa (adverte-se os espectadores que sofrem de epilepsia, para o perigo de ataques com o visionamento do episódio).
Larry Clark opta em Impaled por ensaiar uma leitura sobre o que representa o pornô para a geração MTV, com a audição de atores para um filme do género. Depois, dá lugar à aula prática, filmado com o despudor explícito que já nos habituou. No fundo, o ensaio agora é mais longo, e sem drogas ou reflexões sobre a geração "bully".
Há ainda um filme quase anedótico, Balkan Erotic Epic, de Marina Abramovic, que ilustra pequenas lendas e mitos dos Balcãs relacionados com sexo;
House Call, em que Richard Prince recupera os anos dourados da indústria, antes da banalização da internet;
Death Valley, um exercício onanista (literalmente mesmo), sem nexo, da artista Sam Taylor-Wood;
E Hoist o gratuito, grotesco, bizarro e indescritível episódio de Matthew Barney.
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Postado por
VoudiBike
às
13:28
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Filmes
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