“Dono do mundo em mim, como de terras que não posso trazer comigo.”
Não adianta, Fernando Pessoa consegue
desestruturalizar qualquer alma calma com suas palavras de solidão. Como
o próprio Pessoa escreve, esse livro é uma “autobiografia sem factos”.
Apesar de assinar o “diário” com o pseudônimo de Bernardo Soares,
Fernando Pessoa fala um pouco dele, e também fala sobre o amor, a
ilusão, os sonhos, vida, trabalho… Ele deixa o leitor desconfortável com
alguns comentários. O que vale muito a pena…
Pessoa cria seu próprio mundo, sem noção de tempo e sem encadeamento narrativo.
Pessoa cria seu próprio mundo, sem noção de tempo e sem encadeamento narrativo.
Sobre o autor: É
considerado um dos maiores poetas de língua portuguesa, e o seu valor é
comparado ao de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou-o,
ao lado de Pablo Neruda, o mais representativo poeta do século XX. Por
ter vivido a maior parte de sua adolescência na África do Sul, a língua
inglesa também possui destaque em sua vida, com Pessoa traduzindo,
escrevendo, trabalhando e estudando no idioma. Teve uma vida discreta,
em que atuou no jornalismo, na publicidade, no comércio e,
principalmente, na literatura, onde se desdobrou em várias outras
personalidades conhecidas como heterônimos. A figura enigmática em que
se tornou movimenta grande parte dos estudos sobre sua vida e obra, além
do fato de ser o centro irradiador da heteronímia, auto-denominando o
autor um “drama em gente”. Morreu de cólica hepática aos 47 anos na
mesma cidade onde nasceu, tendo sua última frase sido escrita na língua
inglesa: “I know not what tomorrow will bring… ” (“Eu não sei o que o
amanhã trará”).
Duração: 50 minutos
Nenhum comentário:
Postar um comentário